São Paulo, terça-feira, 16 de maio de 1995
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Cancro espalha-se em laranjais de SP

JOSÉ ALBERTO GONÇALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

O cancro cítrico, doença provocada pela bactéria Xanthomonas campestris, espalhou-se em pomares de laranja de quatro cidades da região de São José do Rio Preto, no norte do Estado de São Paulo.
Mudas de laranja com a doença plantadas na fazenda São José, em Sebastianópolis do Sul, foram responsáveis pela contaminação.
Composto por 200 mil mudas, o viveiro da fazenda foi destruído pelos técnicos da Secretaria Estadual da Agricultura.
Segundo a agrônoma Maria Argentina Nunes Mattos, do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal da secretaria, já foram inspecionadas 17 mil árvores do pomar da São José. Destas, 5.000 estão contaminadas.
O pomar possui 242 mil árvores e é um dos maiores da região.
O Ministério da Agricultura determina que devem ser erradicadas todas as plantas situadas em um raio de 30 metros em torno de cada árvore contaminada.
Nas áreas atingidas, não se pode plantar durante dois anos.
O cancro cítrico causa lesões de dois a oito milímetros, em média, em ramos novos, folhas e frutas. Ele aparece na forma de manchas amareladas.
No centro das manchas há erupções no formato de cortiças.
Técnicos do Fundecitrus devem terminar na próxima semana um levantamento da quantidade de mudas e árvores atingidas pelo cancro cítrico nas quatro cidades.
Concluído o levantamento, serão erradicadas as árvores nas áreas atingidas pela doença.
Apesar de ser uma das maiores fazendas de laranja do Estado, a São José mantinha um viveiro de mudas clandestino desde 1992, de acordo com Maria Mattos.
A presença do cancro nas mudas do viveiro foi detectada pela defesa sanitária em 18 de abril passado.
Nessa data, os técnicos da defesa inspecionavam o viveiro a fim de legalizá-lo.

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