São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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Governo deve aplicar R$ 900 mi para financiar pequeno agricultor

DA REPORTAGEM LOCAL

O FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) vai aplicar este ano até R$ 900 milhões no financiamento de atividades rurais.
Os recursos foram negociados pela SPA (Secretaria de Política Agrícola), do Ministério da Agricultura, junto ao Codefat (Conselho Deliberativo do FAT).
O restante (R$ 730 milhões) será aplicado no Proger (Programa de Geração de Emprego e Renda), junto a míni e pequenos produtores.
Será usada a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) na correção dos empréstimos do FAT.
Atualmente, a TJLP tem custo de 23,6% ao ano e é alterada trimestralmente pelo Conselho Monetário Nacional.
Além de economizar recursos das fontes tradicionais de crédito, como o Tesouro, a participação do FAT aponta para um novo modelo de financiamento rural, na opinião dos técnicos da SPA.
Segundo eles, o principal mérito do FAT é o apoio prioritário a investimentos nas propriedades de míni e pequenos agricultores.
A filosofia do FAT é a aplicação de dinheiro em projetos de geração de renda e emprego.
A fiscalização será feita por comissões tripartites (empresários, trabalhadores e governos), informam os técnicos da SPA.
Portanto, diz um técnico, os recursos aprovados pelo Codefat serão destinados a projetos que utilizem mão-de-obra intensiva, como os ligados ao cultivo de algodão e frutas e à criação de pequenos animais.
A idéia é estimular o míni e pequeno produtor a investir na sua propriedade, a fim de aumentar a produtividade e, consequentemente, gerar mais renda.
No modelo antigo de apoio a esses produtores, as Ematers (empresas de extensão rural dos Estados) do Nordeste, por exemplo, defendiam a alocação de recursos para o plantio de grãos para subsistência.
O excedente podia ser comercializado no mercado interno.
Porém, o cultivo de subsistência, na opinião de um técnico da SPA, é muito suscetível a problemas climáticos como as secas e não gera muita renda.
Com a entrada no FAT, o agricultor poderá investir os recursos na adaptação de sua propriedade ao cultivo de frutas como uva e manga no lugar do feijão.
Também poderá ter acesso à compra de equipamentos para melhorar o preparo do solo.
A falta de produtos para a subsistência do agricultor e sua família seria compensada no novo modelo pelo aumento de receita obtida com produtos de maior valor e adequados ao cultivo em pequenas extensões de terra.
Os recursos do FAT são oriundos da arrecadação do PIS/Pasep.
Entre outros destinos, o dinheiro do FAT é utilizado no seguro-desemprego e no financiamento da compra de máquinas agrícolas pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)

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