São Paulo, terça-feira, 16 de maio de 1995
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Campanha propõe rodízio de carros

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Começa em junho na cidade de São Paulo uma campanha para diminuir a poluição no ar.
Será pedido à população que não sejam usados carros com finais de placas 0 e 1 na segunda-feira, 2 e 3 na terça-feira, 4 e 5 na quarta-feira, 6 e 7 na quinta-feira e 8 e 9 na sexta-feira.
A campanha é coordenada pela Cetesb, pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e pelo CPTRAN (Comando de Policiamento de Trânsito), que vão orientar o motorista, sem multar.
A obrigatoriedade só vai acontecer se a população não aderir ao pedido, explica Gabriel Murgel Branco, 46, gerente do Departamento de Tecnologia de Emissões de Veículos, da Cetesb.
Para que a Operação Inverno 95 (de 1º de maio a 31 de agosto) tenha sucesso, Branco recomenda que o proprietário de veículo leve (carro de passeio) use ônibus e metrô quando possível; não use o carro em dias muito poluídos; não acelere desnecessariamente; não ande com o afogador puxado e mantenha o carro regulado.
Ele explica que nesses meses mais frios a dispersão dos poluentes é mais difícil, devido à ausência de chuvas e ventos e às inversões térmicas (fenômeno climático que impede a dispersão de poluentes), pondo em risco a saúde.
Os veículos movidos a diesel são os que mais emitem fumaça preta, mas os que menos soltam monóxido de carbono.
O nível de poluição dos carros novos a gasolina e a álcool é praticamente igual, segundo Henri Josef Júnior, 44, gerente de emissões veiculares e testes de motores da Volkswagen.
Entre os poluentes que frequentemente ultrapassam os padrões aceitáveis, segundo a Cetesb, destacam-se a partícula inalável -poluente que irrita as vias respiratórias e agrava os problemas pulmonares -e o monóxido de carbono.
O nível de partícula inalável é medido pelo órgão em maior número de pontos e seu padrão diário é ultrapassado em quase todos.
A quantidade de monóxido de carbono na atmosfera é geralmente ultrapassada. Esse poluente prejudica a respiração, provoca dores de cabeça e cansaço, além de vertigens, asfixia e náuseas.

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