São Paulo, quarta-feira, 17 de maio de 1995
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Religião judaica muda o cardápio da equipe

MARCELO DAMATO
DO ENVIADO A TEL AVIV

A religião judaica acabou gerando um problema de última hora para a seleção brasileira.
Os cozinheiros do hotel Dan Accadia vetaram parte do cardápio preparado pelo médico da seleção, Artur Jordi Macedo, porque ele não era ``kosher" (preparada de acordo com a lei judaica).
Um dos pratos barrados foi a lasanha à bolonhesa -porque contém dois tipos de carne ou derivados, queijo e carne moída.
Estavam previstos também sanduíches mistos, proibidos duplamente: contêm carne de porco, sob a forma de presunto, e misturam dois tipos de carne.
Apesar de não serem exigidos por lei, quase todos os hotéis do país só servem comida "kosher".
Próximo ao hotel, porém, há restaurantes que servem comida não-``kosher".
Há uma polêmica sobre comida no país: o Knesset (Parlamento) aprovou lei que proíbe importação de comida não-``kosher".
A associação de importadores entrou com uma ação na Corte Suprema, alegando inconstitucionalidade. Dizem que fere o artigo que prevê liberdade de atividade.
Apesar de ocupada por judeus e árabes, Israel abriga lugares sagrados também para os cristãos.
Alguns jogadores que são Atletas de Cristo, como Cléber e Flávio Conceição, queriam ir a Jerusalém ver o Santo Sepulcro, o lugar onde, segundo a tradição cristão, foi enterrado Jesus Cristo.
O técnico Zagallo, entretanto, vetou o passeio dos jogadores. "Eles estão aqui para jogar e não para passear."
(MD)

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