São Paulo, quarta-feira, 17 de maio de 1995 |
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Italianos decidem campeonato europeu
SÍLVIO LANCELLOTTI
Trata-se da segunda competição interclubes mais importante da Europa. À frente da Uefa está, apenas, a Copa do Campeões. No cotejo de ida, em seus domínios, o Parma ganhou de 1 a 0. Por isso, hoje atua à espera de um empate. A Juve necessita de um sucesso por dois gols de diferença. Caso vença por 1 a 0, haverá prorrogação e, eventualmente, uma disputa de pênaltis. O jogo acontece no estádio de San Siro/Beppe Meazza, de Milão. A Juve descartou o seu Delle Alpi por razões de arrecadação. O Delle Alpi, 70.012 lugares, cobra aluguel caro. Além disso, o Meazza comporta 85.847 espectadores. A "Velha Senhora" deve abocanhar cerca de US$ 250 mil. Inaugurada em 1955, sob o nome de Copa das Cidades de Feiras, um torneio que só acabou em 58, com a vitória do Barcelona, da Espanha, em 71 a competição foi rebatizada de Copa da Uefa e atinge, agora, a edição de número 36. A Juventus já levantou o troféu em três ocasiões: 1977, 90 e 93. A ``Senhora", aliás, é a única agremiação da Bota que também arrebatou a Copa do Campeões e a Recopa. O Parma ostenta apenas um título da Recopa, em 93. Líder absoluta do ranking interclubes da Europa, a Itália conquistou a Copa da Uefa oito vezes, a de 94-95 inclusive. Seis delas ocorreram nas sete versões mais recentes. Em três dessas decisões, a Bota fez ambos os finalistas. Juve e Parma saboreiam a mais nova rivalidade do país. Nesta temporada, já se encontraram pela Uefa e pelo Campeonato Italiano. Ainda se enfrentam, domingo, pelo campeonato. Depois, pela Copa e Supercopa da Itália. Cerca de 90% do estádio estarão ocupados por torcedores da Juve -a torcida visitante teve direito a 5.000 ingressos. Apesar da pressão, não existe favorito. O Parma atravessa momento de crise na sua tranquilidade habitual. Ameaça pública do dono Calisto Tanzi, leia-se Parmalat, Nevio Scala corre o risco de perder o emprego se o time não vencer. Porém, continua desfalcada a defesa da Juve, sem o stopper alemão Juergen Kohler, sem o meia defensivo Antonio Conte e, talvez, sem o líbero Massimo Carrera. O volante português Paulo Souza, com um profundo corte debaixo do seu joelho canhoto, entra no sacrifício, sob anestesia. Texto Anterior: Zagallo vê videoteipes da seleção israelense Próximo Texto: Corinthians vence Paraná e está nas semifinais da Copa do Brasil Índice |
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