São Paulo, quarta-feira, 17 de maio de 1995
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Milhazes inaugura "Galeria do Planalto"

DANIEL PIZA; JOÃO BATISTA NATALI

Erramos: 17/05/95
Por um erro de edição, o texto "Milhazes inaugura 'Galeria do Planalto'", publicado à pág. 5-3 da Ilustrada de hoje, saiu com um nome errado (em vez de Sônia Goldman, leia-se Sônia Salztein) e sem o seguinte trecho: "A Folha apurou que Cochiaralli, da Funarte (Rio), órgão federal, foi quem sugeriu o nome de Milhazes. 'Achei que ela se encaixava no perfil', disse. Sua primeira indicação tinha sido Marianita Luzzati, mas estava viajando.
'Me pediram para fazer a indicação para agilizar o início de tudo', disse Cochiaralli. 'Infelizmente tive de fazer a escolha sozinho'. A partir de julho a comissão escolhe oficialmente".
Milhazes inaugura ``Galeria do Planalto"
Artista que não foi escolhida pela comissão de críticos deverá ter obras expostas no gabinete de FHC em junho
DANIEL PIZA Da Reportagem Local
A Galeria do Planalto, exibição de obras de artistas brasileiros que será feita no gabinete do presidente Fernando Henrique Cardoso, já tem a comissão de seleção e a primeira artista: a pintora carioca Beatriz Milhazes, 35.
Milhazes, no entanto, não foi escolhida por todos os críticos da comissão: Frederico Morais, Ronaldo Brito, Aracy Amaral, Sônia Goldman e Fernando Cochiaralli.
Estes ainda não sabem direito o que vão fazer, quando e como. Foram consultados por telefone e aceitaram inicialmente, mas aguardam detalhamento do projeto.
``Não sei direito como será a seleção", diz Aracy Amaral. Ela afirma ter sido informada de que uma artista já havia sido escolhida para inaugurar a série.
Já Ronaldo Brito não foi informado e disse que, ``se for verdade", vai se retirar da comissão. ``Se vai haver uma comissão de críticos, é ridículo que já exista um artista escolhido", afirma.
Milhazes foi procurada por telefone por um assessor do presidente, Ronaldo Costa Fernandes. Este disse à Folha que ela foi sugerida por alguns membros da comissão, mas não apontou quais.
``Foi feita uma consulta informal e o nome dela se mostrou consensual. Queríamos ganhar tempo e então a convidamos", disse Fernandes. ``A partir de julho a comissão escolhe oficialmente."
Milhazes diz apoiar que haja uma comissão para selecionar os artistas, ``porque aumenta o universo de escolha".
Uma tela ficará atrás da mesa do presidente, onde hoje está uma de Manabu Mabe, que FHC trouxe do Ministério da Fazenda; a outra, atrás do sofá em que ele recebe visitas, no lugar da de Carlos Scliar.
Prevê-se a exibição de duas obras -pinturas, preferencialmente- de um artista a cada mês. As obras são emprestadas à presidência e passam pela aprovação de FHC; o artista não recebe dinheiro algum pelo empréstimo.
Os critérios de escolha são, a princípio, dois: artista de preferência jovem, mas que já tenha carreira consolidada (leia texto ao lado); e variedade regional, para que não se limite ao eixo Rio-São Paulo.
Os críticos também não estão de acordo quanto a esses critérios. Querem ver mais bem explicado o que é um artista ``ainda não consagrado, porém não iniciante", como consta da carta que receberam em convite. ``Isso tudo ainda precisa ser determinado", diz Morais.
O critério da variedade regional é apoiado por uns, como Aracy, e rejeitado por outros, como Brito. ``Artista é artista. Não importa se é carioca ou mineiro", diz Brito.

Colaborou JOÃO BATISTA NATALI, da Reportagem Local.

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