São Paulo, sexta-feira, 19 de maio de 1995 |
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BNDES abre nova linha de financiamento
DA SUCURSAL DO RIO O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) anunciou ontem que vai destinar R$ 1,3 bilhão a uma nova linha de financiamento para exportações.O objetivo é oferecer às empresas brasileiras condições mais compatíveis com o mercado internacional. O BNDES vai destinar cerca de 20% do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) a operações de empréstimo corrigidas pela variação do dólar. O FAT é um fundo fiscal visando a geração de emprego e renda. O governo federal repassa 40% desse fundo ao BNDES. A nova linha de financiamentos vai se chamar ``FAT cambial". Geralmente, os empréstimos concedidos pelo BNDES são corrigidos pela TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo). Como a taxa de juros está elevada (23,5%), os exportadores encontram dificuldades para obter financiamentos. O ``FAT cambial", segundo o BNDES, vai proporcionar um custo de crédito adequado às empresas nacionais cuja receita seja afetada pela variação cambial. O custo será composto pela variação do dólar norte-americano, acrescido da libor (taxa de juros do mercado interbancário londrino) e do spread do BNDES (taxa de juros adicional, por risco ou custo administrativo). A idéia do ``FAT cambial" é possibilitar ao empresário pagar seus empréstimos na mesma moeda em que os seus produtos são vendidos. Equilíbrio na balança Segundo o diretor da área de Planejamento e Operações Industriais do BNDES, Régis Bonelli, ``o governo procura, com essa medida, melhorar a competitividade das empresas e produtos brasileiros no exterior". Além disso, segundo Bonelli, a medida auxilia o governo ``a gerar saldos positivos e equilibrar a balança comercial". O ``FAT cambial" terá três linhas de financiamento: produção de bens ``de inserção internacional" do programa Finem (Financiamento à Empresa), exportação de bens de capital (máquinas e equipamentos) e financiamento para concorrências internacionais. Texto Anterior: PERDIGÃO; CARREFOUR; MICROEMPRESAS Próximo Texto: Aumentam depósitos em bancos argentinos Índice |
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