São Paulo, sexta-feira, 19 de maio de 1995
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OLP quer discussão imediata de Jerusalém

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Negociadores palestinos solicitaram o início imediato de discussões com Israel sobre o estatuto da cidade de Jerusalém, onde o governo israelense ordenou o confisco de 53 hectares de terras árabes.
Os EUA vetaram anteontem uma resolução do Conselho de Segurança da ONU condenando o confisco. Países árabes protestaram contra o veto.
"Ele não prejudica apenas o processo de paz, mas coloca em dúvida a credibilidade dos EUA como patrocinadores desse processo, afirmou o representante palestino Faiçal Husseini.
A exigência palestina de negociar Jerusalém imediatamente foi anunciada após três dias de conversações sobre o Oriente Médio em Montreux (Suíça), com participação de 14 países.
Jerusalém, sagrada para judeus, cristãos e muçulmanos, é considerada pelos israelenses como "capital indivisível. Palestinos reivindicam o setor oriental da cidade como capital de um futuro Estado.
O compromisso de paz firmado em 1993 por Israel e OLP (Organização para a Libertação da Palestina) prevê que discussões sobre Jerusalém devem começar até 1996.
Segundo o compromisso de paz, Israel entregou à administração autônoma de palestinos a faixa de Gaza e a cidade de Jericó, na Cisjordânia.
Assim que estiver estabelecida a desocupação de toda a Cisjordânia, está previsto o início das discussões sobre Jerusalém.
Husseini entregou ontem ao israelense Yossi Beilin um pedido para que "comecem imediatamente negociações sobre o estatuto permanente de Jerusalém".
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Shimon Peres, rechaçou a idéia em Paris. Para ele, "o clima ainda não está maduro".

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