São Paulo, sábado, 20 de maio de 1995
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Paralisação ameaça indústrias de Cubatão

MARCUS FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

A greve dos petroleiros da Refinaria Presidente Bernardes, de Cubatão, pode paralisar as indústrias da cidade a partir de segunda-feira.
A afirmação foi feita ontem pelo diretor regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Roberto Gozzi, 55.
``Pode haver caos no setor caso não se retome o abastecimento de gás e óleo combustível até o início da próxima semana", advertiu. Na próxima segunda-feira, os dirigentes das 23 indústrias de Cubatão se reunirão para avaliar os prejuízos.
Gozzi disse que os estoques das indústrias de Cubatão ``duram, no máximo, dez dias".
Ele disse que as indústrias da região produzem matérias-primas que são usadas, entre outras coisas, por fabricantes de peças plásticas, pneus e fertilizantes.
Gozzi avalia que a continuidade da greve provocará ``desequilíbrio" na produção desses setores.
Ontem, em razão da greve da RPBC, o abastecimento de gás na Cosipa havia caído 40%. A empresa não soube estimar prejuízos.
O diretor do Ciesp afirmou que a indústria química Union Carbide estava operando ontem com 50% da sua capacidade.
A Copebrás (petroquímica) e a Ultrafértil (fertilizantes), de acordo com Gozzi, não recebem gás desde a última quarta-feira.
Segundo o CIESP, as 23 indústrias de Cubatão empregam 36.315 pessoas. Por ano, o setor fatura US$ 567 milhões.

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