São Paulo, terça-feira, 23 de maio de 1995 |
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Inquérito deve ser concluído em 30 dias
CARI RODRIGUES
O golpe consiste na importação de carros em nome de diplomatas por intermediários. As importações de carros pelas embaixadas são isentas de impostos. O preço de um carro importado pelas vias normais é 158,57% maior. Em dois meses de investigação, a PF já apreendeu 11 carros em nome de terceiros e com a documentação em nome de funcionários de embaixadas. Outros cinco automóveis foram recolhidos pela Receita Federal em Brasília. Uma lista com 57 carros importados para revenda está incluída no inquérito da PF. Os Detrans (Departamentos Estaduais de Trânsito) em todo o país serão informados do número do chassi desses carros para que sejam apreendidos. A Polícia Federal estima que 200 carros estão circulando no país com a documentação em nome do funcionário da embaixada. Conforme documentos que estão com a PF, os funcionários de embaixadas teriam recebido propinas entre US$ 4 e US$ 10 mil. Na maioria das vezes, o funcionário teria assinado em branco os pedidos para importar veículos, que eram encaminhados ao Itamaraty. O golpe foi descoberto após uma blitz no escritório do empresário brasiliense Valmir Amorim. Texto Anterior: O vigésimo dia Próximo Texto: Câncer mata d. Agnelo Rossi aos 82 anos Índice |
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