São Paulo, terça-feira, 23 de maio de 1995![]() |
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Cubatão interrompe a distribuição de gás
MARCUS FERNANDES
O gás natural é captado em alto mar e bombeado pela refinaria para casas e indústrias de São Paulo que usam gás canalizado. O corte aconteceu entre 16h05 e 18h. Houve uma guerra de informação entre grevistas e refinaria. Os petroleiros disseram que o corte foi feito pela própria direção da refinaria, para prejudicar a imagem da greve diante da população. A refinaria nega. Os grevistas afirmam que retomaram a distribuição do gás às 18h. Até as 23h30, a direção da estatal não confirmou se o bombeamento do gás natural foi mesmo reativado. O secretário-geral do Sindipetro, Jõao Móia Varjão, classificou a interrupção no bombeamento do gás como uma ``provocação da superintendência da RPBC, destinada a jogar a opinião pública contra os grevistas". A assessoria de imprensa da RPBC disse que a decisão de interromper a produção do gás foi tomada pelos grevistas sem nenhuma participação da empresa. Por dia, a refinaria de Cubatão vinha processando 1,1 milhão de metros cúbicos de gás natural, bombeado da plataforma de Merluza, a 170 km do litoral de São Paulo. A quantidade era equivalente a 60% do processamento normal antes da greve. Ontem, segundo a regional de Cubatão do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), as 23 indústrias do pólo petroquímico do município estavam operando com 60% da capacidade. Projeção do Ciesp indica que a partir de quinta-feira a produção das indústrias começa a ser afetada pela falta de gás. Na sexta-feira passada, a direção da refinaria decidiu cancelar uma liminar solicitada na Justiça de Cubatão, destinada a obrigar 600 grevistas a desocuparem a RPBC. Texto Anterior: FHC conversa com o Judiciário Próximo Texto: Estatal vê 'sabotagem' Índice |
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