São Paulo, terça-feira, 23 de maio de 1995![]() |
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`Técnicos trabalham sem proteção contra raios X', afirma pesquisa
CARLOS ALBERTO DE SOUZA
Segundo a pesquisa, realizada pelo Laboratório de Radiação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e a Secretaria Municipal de Saúde, cerca de 60% dos locais onde funcionam os serviços de radiologia não apresentam condições de proteção contra a radiação. Além de não ter blindagem de chumbo, algumas salas nem sequer possuem porta para separar o equipamento de raios X da recepção. Por isso, enquanto aguardam atendimento, os clientes recebem radiação, segundo o coordenador do laboratório, José Túlio Moro. O secretário municipal da Saúde, Luiz Henrique de Almeida Mota, afirmou, por intermédio de sua assessoria, que a prefeitura pretende efetuar um controle rigoroso dos serviços de radiologia. ``Toda a comunidade será beneficiada, na medida em que um conjunto de medidas impeça exposições que podem provocar sérias doenças degenerativas", disse. A exposição frequente à radiação pode causar mutações genéticas e câncer, entre outras doenças. As vítimas da radiação -cujo efeito é cumulativo- podem ser os descendentes de quem, hoje, está demasiadamente exposto. A pesquisa teve início em novembro e deve ser concluída no final do ano. Já foram visitadas 35 clínicas e 435 operadores de serviço foram entrevistados. Os autores da pesquisa monitoraram a atividade de operadores. Os laudos revelaram exposição a altas doses de irradiação. Outra irregularidade é a falta de acompanhamento de saúde dos funcionários que, por lei, deveriam ser submetidos a exames periódicos. Texto Anterior: Índios do MS vão ter assistência jurídica Próximo Texto: Praga de ratos destrói lavouras na Paraíba Índice |
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