São Paulo, terça-feira, 23 de maio de 1995 |
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`Megatemplo' em SP deve abrigar 20 mil durante culto
VICTOR AGOSTINHO
Hoje, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente faz vistoria para verificar se existem irregularidades na obra, localizada em região de manancial da cidade. A torre do templo, com 71 metros de altura e considerada um elemento de ligação entre o céu e a terra pelos messiânicos, vai ficar no mesmo nível da avenida Paulista (região central). Segundo o ministro (equivalente a padre na religião católica) Walter Grazzi, 44, engenheiro responsável pela obra, ``em dias que o tempo ajudar, quem estiver na Paulista vai conseguir ver a torre". A nave (local do culto) da igreja vai ter 7.000 m2. Os membros da Messiânica Mundial vão acompanhar os cultos de pé. Não haverá cadeiras sobre o piso de granito. A nave será ao ar livre, para ficar integrada ao que o ministro Grazzi define como ``santuário", ou seja, jardins e matas nativas que foram preservadas dentro de um terreno total de 327,5 mil m2. Grazzi afirma que a igreja quer transformar o local em ``solo sagrado", que traduza para os seguidores ``a paz e a tranquilidade". A obra começou em 1990 e deverá ser concluída em 2000. Segundo Grazzi, vai custar US$ 15 milhões, ``resultado de doações espontâneas" dos 250 mil membros da igreja e dos 2,5 milhões de frequentadores em todo o país. A licença para a Igreja Messiânica construir em área de manancial (onde nascem rios e represas) foi dada pela Secretaria do Meio Ambiente baseada em um projeto que prevê a utilização de apenas 0,03% do terreno como área edificável. A lei 1.172/76, que estabelece as normas de ocupação de mananciais, permite a construção de até 0,20% do terreno. Isso significa que a Igreja Messiânica poderia construir até 65 mil m2. Texto Anterior: Cantor entra na Justiça contra advogado por "danos morais" ao filho Próximo Texto: Igreja surgiu no Japão em 1935 e prega culto ao belo Índice |
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