São Paulo, terça-feira, 23 de maio de 1995 |
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Executivo não pode deixar o país
CLAUDIO JULIO TOGNOLLI
O promotor denunciou Sucre e outros seis diretores do grupo Philip Morris. Eles estão sendo acusados de manutenção de cárcere privado, constrangimento e escuta telefônica ilegal. ``Grampo" A denúncia se dá quando o promotor considera ter, contra o acusado de crime, provas suficientes para remetê-las à Justiça, pleiteando condenação. O presidente e diretores da Philip Morris são acusados de terem instalado escuta telefônica ilegal nos aparelhos de três de seus executivos. Esses executivos (que alegam que tiveram suas ligações ``grampeadas") trabalhavam na Q-Refresco, uma divisão da Philip Morris. O grupo, de origem norte-americana, é um dos maiores produtores mundiais de alimentos, cigarros e bebidas. Também ontem, o promotor Marco Antonio Ferreira Lima solicitou a cassação da carteira profissional do detetive particular Francisco de Barros. Segundo o promotor, Francisco de Barros teria instalado a escuta telefônica ilegal no aparelho dos executivos da Q-Refresco. Espionagem Em sua defesa, a Philip Morris acusa de espionagem industrial os três executivos contra os quais mandou instalar a escuta. O advogado da empresa, Clodoaldo Celentano, diz que os executivos Antonio Carlos Ferreira da Silva, Isael Pinto e José Martinho Quintal demitiram-se em março da multinacional. Segundo a versão do advogado da empresa, os executivos teriam pedido demissão ``ao mesmo tempo" e teriam copiado ``segredos industriais" com a intenção de abrir uma ``concorrência contra a Q-Refresco". O promotor Marco Lima sustenta que, na presença do presidente Richard Sucre, esses três executivos ``tiveram armas apontadas contra suas cabeças" e teriam sido interrogados num cárcere privado. O promotor teme que o presidente da multinacional agora fuja do país para não responder a essas acusações perante à Justiça. Agora a Philip Morris prepara sua defesa com base num inquérito conduzido pelo delegado Romeu Tuma Jr., no qual os três executivos são acusados de terem desviado segredos industriais. Texto Anterior: Banco do Brasil segura cotações do dólar Próximo Texto: Matriz pede concordata e filial investe US$ 1 mi Índice |
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