São Paulo, terça-feira, 23 de maio de 1995
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Grupo francês quer a renúncia de 3 ministros

ANDRÉ FONTENELLE
DE PARIS

A organização de luta contra a Aids Act Up pediu ontem a renúncia de três membros do gabinete do premiê francês Alain Juppé, nomeados no último dia 18.
Os ministros Elisabeth Hubert (Saúde) e François Bayrou (Educação) e o secretário Xavier Emmanuelli (Ação Humanitária) são acusados de não lutar contra a Aids. Eles não reagiram ontem.
Em anúncio publicado na grande imprensa francesa, Act Up acusou a ministra da Saúde, 38, de ``homófoba", isto é, avessa a homossexuais.
A organização diz ainda que ela é favorável a testes obrigatórios de Aids para toda a população e é contrária à proteção social para filhos de estrangeiros.
Bayrou, 44, que ocupa o ministério da Educação desde 1993, é acusado de ``entravar qualquer trabalho sério de prevenção nos estabelecimentos de ensino".
Emmanuelli, 56, criador (junto com o atual presidente, Jacques Chirac) do Pronto-Socorro Social, em Paris, é acusado de ter criado uma ``medicina de pechincha para os pobres".
Curiosamente, dois dos acusados -Hubert e Emmanuelli- haviam participado, na véspera, de uma manifestação ``pela vida", organizada pela Act Up e por outra associação de combate à Aids.
Chirac
O presidente Jacques Chirac, em reunião com os prefeitos dos departamentos (espécie de governadores estaduais), pediu firmeza na luta contra o desemprego.
Uma das primeiras decisões de Chirac, acabar com os aviões ministeriais privativos, foi considerada demagógica pelo primeiro-secretário do Partido Socialista, Henri Emmanuelli.

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