São Paulo, quinta-feira, 25 de maio de 1995
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Fim dos estoques precipitou operação

CARLOS ALBERTO SARDENBERG
DA REPORTAGEM LOCAL

Antes da ocupação militar das quatro refinarias, a Petrobrás havia preparado equipes técnicas capazes de restabelecer e manter a produção. O objetivo estratégico era eliminar o principal instrumento de pressão dos grevistas, a ameaça de desabastecimento. Essa a avaliação obtida pela Folha nas áreas políticas do governo FHC.
A greve foi mais longe do que o governo esperava. E com isso, os estoques estratégicos, que pareciam suficientes, foram acabando. E se acabassem, o governo não teria alternativa senão negociar.
No primeiro passo, a Petrobrás formou equipes técnicas, com funcionários seus e outros recrutados fora. Prontas as equipes, decidiu-se pela ocupação militar naquelas refinarias em que havia menos perigo de incidentes.
O governo recorreu à ocupação militar porque temia que grevistas tentassem interromper o trabalho. Ontem à tarde, a avaliação do governo era de que, se não houver nenhum incidente grave com petroleiros, o abastecimento estará garantido e a greve derrotada. (Carlos Alberto Sardenberg)

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