São Paulo, sexta-feira, 26 de maio de 1995
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Empresários pedem que reformas priorizem redução do `custo Brasil'

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os empresários do setor industrial querem priorizar a reforma tributária na revisão constitucional para que seja reduzido o chamado ``custo Brasil"-ineficiências e distorções que prejudicam a competitividade do setor produtivo nacional.
Esta prioridade foi defendida ontem pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) aos parlamentares que participaram do seminário ``Custo Brasil-Diálogo com o Congresso Nacional", realizado em comemoração ao Dia da Indústria.
O presidente da CNI, Mário Amato, disse que somente as reformas constitucionais vão estabilizar a economia.
``A recessão e a política de juros altos são uma necessidade momentânea", afirmou Amato, evitando criticar o governo.
Para o deputado Delfim Netto (PPR-SP), a reorganização do Estado é um pré-requisito fundamental para reduzir o ``custo Brasil" -o excesso de carga tributária, as deficiências de infra-estrutura e elevadas taxas de juros.
Segundo Delfim, enquanto o governo continuar gastando mais do que arrecada, não há como reduzir as taxas de juros.
``O Brasil é o maior peru do mundo, onde uma aplicação financeira rende em seis semanas o que renderia em 52 semanas nos Estados Unidos", afirmou.

Labirinto
Para entrarem no auditório da CNI, onde se realizou o seminário, empresários e parlamentares tiveram que passar pela instalação ``Labirinto do Custo Brasil, Obstáculos ao Desenvolvimento".
O presidente da CNI disse que teve a sensação de ``estar sendo penalizado" ao caminhar pelo labirinto.
Entre as informações expostas em painéis fixados nas paredes do corredor, a que mais impressionou Amato foi a relacionada ao custo da burocracia.

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