São Paulo, sábado, 27 de maio de 1995 |
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Ex-juiz diz ter bola do milésimo gol de Pelé
FÁBIO GUIBU
Ela está guardada em sua casa, em Recife. Depois de quase 26 anos, Armindo Tavares de Pinho, 60, carioca, militar da reserva e supervisor do Náutico, descobriu que o gol que Pelé havia feito naquela partida -de pênalti- foi o milésimo em sua carreira. No dia do jogo, Pinho pensou em marcar outro pênalti para o Santos, para que Pelé chegasse ao gol mil. A Folha descobriu que no jogo Brasil x Paraguai de 18 de novembro de 1959, válido pelo Sul-Americano Militar, Pelé fez um gol que não constava de sua estatística oficial. Folha - Qual foi a sua reação ao saber que apitou o jogo do milésimo gol de Pelé? Armindo de Pinho - Fiquei vibrando. Eu torcia, como todos que viam aquele jogo, para que ele (Pelé) fizesse mais um na partida. Cheguei a pensar em dar outro pênalti para o Santos, mas Pelé substituiu o goleiro para não fazer outro gol. Folha - O que o senhor sentia até saber que havia apitado o jogo do milésimo gol? Pinho - Uma certa frustração. Mas com a correção feita pela Folha, entrei para a história com 26 anos de atraso. Folha - Como se sente? Pinho - Algumas pessoas não acreditavam que eu tinha apitado este jogo. Diziam que era saudade de velho. Agora, tem gente que eu nem me lembrava mais ligando para mim. Folha - Por que guardou a bola do jogo na Paraíba? Pinho - O Santos era um grande time e era uma festa. A bola está num pedestal de madeira, junto com meus troféus. Texto Anterior: Meio-campo preocupa técnico da Portuguesa Próximo Texto: Ex-árbitro afirma que aceita trocar "troféu" Índice |
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