São Paulo, quarta-feira, 31 de maio de 1995![]() |
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Demissões podem começar sexta
MARTA SALOMON
A orientação do presidente Fernando Henrique Cardoso de punir os grevistas por ``abandono de emprego" foi transmitida ontem aos líderes de partidos governistas pelo porta-voz da Presidência, Sérgio Amaral. Amaral reuniu as lideranças para informá-las sobre os próximos passos do governo para enfrentar a greve dos petroleiros. Além das demissões, FHC recorreu à Procuradoria Geral da República para forçar o retorno ao trabalho dos grevistas. Segundo o líder do PSDB no Senado, Sérgio Machado (CE), os líderes governistas apóiam a atitude de FHC de não ceder aos grevistas enquanto eles não cumprirem a decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho), voltando a trabalhar. Cubatão Machado relatou que o governo ainda não havia decidido o que fazer com a Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão (62 km a sudeste de São Paulo). Na avaliação do governo, os petroleiros de Cubatão poderiam reagir a uma ocupação da refinaria pelo Exército. Entre os participantes da reunião, o líder do PFL, deputado Inocêncio Oliveira (PE), ainda investe num acordo entre o governo e os grevistas. ``O governo poderia concordar em negociar as demissões e os dias parados e, com isso, haveria um acordo para encerrar a greve". O porta-voz Sérgio Amaral reiterou que a negociação só será aberta após o retorno ao trabalho. Texto Anterior: Prejuízo diário é de US$ 13 milhões Próximo Texto: Paiva defende livre negociação Índice |
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