São Paulo, quarta-feira, 31 de maio de 1995![]() |
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`Operação de guerra' tenta unir PSDB
DANIEL BRAMATTI; GABRIELA WOLTHERS
Os ministros Nelson Jobim (Justiça), José Serra (Planejamento), Sérgio Motta (Comunicações) e Raimundo Brito (Minas e Energia) entraram no ``corpo-a-corpo" e receberam tucanos. Apesar dos esforços, pelo menos 5 dos 8 parlamentares que votaram contra a emenda das telecomunicações afirmaram que repetirão seus votos no segundo turno. Além disso, o deputado Almino Affonso (SP), que votou a favor do governo nas telecomunicações, é contra a quebra do monopólio do petróleo. O que mais preocupa o PSDB é o fato de o PFL não ter contabilizado nenhuma dissidência na primeira votação das telecomunicações, ocorrida na quarta-feira da semana passada. ``Se não eliminarmos as dissidências no partido, o PFL toma conta do governo", disse o deputado Adroaldo Streck (PSDB-RS). ``Não vou mudar meu voto por causa dessa disputa de beleza com o PFL", disse à Folha o deputado Ezídio Pinheiro (RS), um dos ``dissidentes" tucanos. O deputado Roberto França (MT) também promete repetir o voto contrário. Manobra O deputado Beto Mansur (PPR-SP), coordenador da Frente Parlamentar pela Flexibilização do Monopólio das Telecomunicações, começou ontem a coletar assinaturas para apresentar um requerimento que modifica a emenda das telecomunicações. Mansur precisará de apenas 52 assinaturas para apresentar o requerimento. No segundo turno, os parlamentares que quiserem manter o texto inalterado terão de obter o apoio de três quintos dos deputados (308 votos). Ou seja, Mansur poderá alterar a emenda com minoria de votos. A intenção do deputado é retirar do texto a exigência de aprovação de uma lei ordinária, pelo Congresso, para disciplinar a quebra do monopólio na área. ``Com essa supressão, não voto a favor da emenda. O PMDB não abre mão da lei regulamentadora", disse o deputado Alberto Goldman (PMDB-SP). Para ele, a eventual alteração do texto colocaria em risco toda a articulação em favor da quebra do monopólio. Senado A Comissão de Constituição e Justiça do Senado deve votar hoje o parecer do senador Edison Lobão (PFL-MA), que recomenda a aprovação da emenda constitucional que permite a quebra do monopólio dos Estados sobre a distribuição de gás canalizado. Texto Anterior: Intervenção está perto do fim, afirma Covas Próximo Texto: PMDB pode ter até 30 votos pró-monopólio Índice |
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