São Paulo, quarta-feira, 31 de maio de 1995
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Jornalistas do Rio serão primeiros a ter processos examinados pelo INSS

DA SUCURSAL DO RIO

Os diretores do sindicato de jornalistas do Rio serão os primeiros a ter os processos de aposentadoria excepcional examinados pela Superintendência do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) no Rio.
Um total de 52 processos de aposentadoria de anistiados políticos encaminhados pelo sindicato ao INSS já está nas mãos da comissão do INSS no Rio que investiga o assunto.
Além dos diretores do sindicato, a comissão dará prioridade ao exame das aposentadorias com os maiores valores. A aposentadoria excepcional, concedida a anistiados políticos, pode chegar a R$ 7.300 para os jornalistas do Rio.
A Polícia Federal abriu inquérito para investigar se houve crime de estelionato nos documentos de jornalistas que foram enviados pelo sindicato ao Ministério do Trabalho, que concede a anistia, e ao INSS, que calcula a aposentadoria.
A documentação de pelo menos três pessoas foi colocada sob suspeita pela Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas).
Os documentos são os registros profissionais do presidente do sindicato, Paulo Cesar Rodrigues, 40, de sua irmã Sonia Maria Rodrigues Mota, 42, e do vice-presidente interino, Antonio Carlos Batista dos Santos, 40.
Os três alegam que a documentação está dentro do exigido pelas leis e que tiveram suas carreiras profissionais prejudicadas pelo regime militar (1964-85), o que gerou os pedidos de anistia e, posteriormente, aposentadorias excepcionais.
O Ministério do Trabalho recebeu 126 pedidos de aposentadorias excepcionais de jornalistas.
Além do Rio, existem também pedidos de aposentadorias feitos por jornalistas de São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Paraná e outros Estados.

Colaborou a Sucursal de Brasília

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