São Paulo, quinta-feira, 1 de junho de 1995
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Naufrágio; Maré brava; Em ondas; Ressaca; Empurrão; Conselhos; Imolado; Aviso aos navegantes; Consolação; Distância crítica; Na sala com FHC

Naufrágio
No Congresso, a queda de Arida do BC foi avaliada como a retirada da âncora que segurava a política de juros altos. A situação de Arida era insustentável desde a semana passada, quando FHC determinou a mudança da política.

Maré brava
Substituto de Arida no BC, Gustavo Loyola foi indicado por Malan. Com um técnico agora no cargo, das duas, uma: ou diminui a resistência a pressões políticas na área econômica, ou Malan e Serra terão que segurar o rojão.

Em ondas
Há dias que Gustavo Loyola foi sondado para o lugar de Arida. Mas a confirmação só veio anteontem. Desde janeiro Malan vinha insistindo para que ele fosse para o BC, como vice-presidente. A saída de Arida facilitou tudo.

Ressaca
Frase ouvida ontem no Palácio do Planalto, após a confirmação da saída de Pérsio Arida do BC: ``Esta não é uma boa semana". E ontem ainda era quarta-feira.

Empurrão
Coincidência ou não, Covas ligou para FHC nos últimos dias com críticas ácidas a Arida porque o BC estava dando mais ajuda a bancos oficiais de Estados do Nordeste do que ao Banespa.

Conselhos
Antes de tomar a decisão de deixar o BC, Arida teve duas longas conversas com ACM. A última foi terça, por telefone

Imolado
Embora a demissão de Arida tumultue a área econômica, no Congresso avalia-se que ela pode até ajudar o governo na aprovação das reformas. O presidente demissionário do BC havia entrado em choque com vários políticos.

Aviso aos navegantes
De Delfim Netto, sobre a mudança de presidente no BC: ``A desmontagem da política de juros altos exige uma profunda mudança preliminar, com a completa desindexação da economia, que é o que o Pérsio queria fazer".

Consolação
De Kandir (PSDB): ``A queda de Pérsio foi uma má notícia, mas, em compensação, colocaram um craque testado e aprovado no lugar, que é Gustavo Loyola".

Distância crítica
Como último recurso para manter Arida no governo, FHC ofereceu-lhe um cargo de assessoria no Palácio. Ele disse que continuaria ajudando, mas longe de Brasília.

Na sala com FHC
Seis deputados do PSB foram levados ontem por Arthur da Távola e Carlos Wilson para jantar com FHC no Alvorada. É quase metade da bancada socialista que está se mudando para o PSDB.

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