São Paulo, quinta-feira, 1 de junho de 1995
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SP vive 'pré-colapso', diz Fecombustíveis

ROBERTO MACHADO
DA SUCURSAL DO RIO

O presidente da Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis), Luiz Gil Siuffo Pereira, disse ontem que São Paulo enfrenta ``uma situação de pré-colapso" na distribuição de combustíveis.
Segundo a Fecombustíveis, 50% dos postos de abastecimento de álcool, gasolina e óleo diesel estão fechados em São Paulo e cerca de 80% operam com apenas um dos três combustíveis.
``É péssimo o suprimento de óleo diesel e parte da frota de caminhões pode parar", afirmou Pereira, que disse ainda que a paralisação dos petroleiros é ``selvagem e pode levar o país ao caos".
No Rio, as entregas de gasolina e óleo diesel estão racionadas em 50% dos pedidos. Segundo a Fecombustíveis, a distribuição de álcool é ``crítica no Rio, mas ainda assim melhor do que a de São Paulo".
Em Brasília, 60% dos postos estão sem gasolina. Em Minas Gerais há corte de 40% na entrega dos três combustíveis. Santa Catarina tem 40% dos postos sem algum dos três combustíveis.
Pernambuco é o único Estado do Nordeste que enfrenta problemas de abastecimento. Cerca de 60% dos pedidos de gasolina não estão sendo entregues no Estado.
Grande São Paulo
Segundo o Sincopetro, sindicato que reúne os donos de postos do Estado de São Paulo, ``o quadro crítico" do abastecimento de combustíveis na Grande São Paulo não se alterou nas últimas 48 horas.
O Sincopetro pretende entrar com uma ação contra a federação dos petroleiros, pedindo indenização pelos prejuízos causados pela greve. Porém, isso só poderá será feito depois de os petroleiros voltarem ao trabalho.
O prejuízo, de acordo com o sindicato, será calculado -e cobrado judicialmente- por cada posto separadamente.
Até o fim desta semana, o sindicato pretende entrar com uma notificação aos petroleiros na Justiça de São Paulo.

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