São Paulo, quinta-feira, 1 de junho de 1995
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Fiesp apóia desindexação total

ANTONIO CARLOS SEIDL
DA REPORTAGEM LOCAL

A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) apóia a livre negociação salarial após a extinção do IPC-r (Índice de Preços ao Consumidor em real) em 30 de junho.
Boris Tabacof, diretor titular do Departamento de Economia da Fiesp, disse que a entidade é favorável à desindexação total da economia.
``A desindexação tem que ser para tudo, não só salarial, mas para todos os outros elementos da economia", disse.
Ele disse que a Fiesp quer o fim de todos os índices, incluindo a TR (Taxa Referencial de juros) e a Ufir (índice usado para correção dos impostos).
A Fiesp, disse, está ``engajada" na defesa da tese de que o fim da indexação ajudará a inflação a cair ainda mais.
Tabacof diz, porém, que a taxa de inflação atual, ainda em torno de 25% a 30% por ano, é um ``obstáculo" à uma interrupção abrupta da indexação.
Por causa desse obstáculo, a Fiesp, disse, acha que deve haver um mecanismo de transição, de no máximo seis meses, para a desindexação total.
No caso dos salários, o objetivo deve ser caminhar para a livre negociação o quanto antes.
Ele considera ``interessante" a proposta do governo de uma ``política salarial híbrida". Segundo a fórmula, divulgada ontem pela Folha, os salários seriam corrigidos pelo IPC-r acumulado até junho de 95 na data-base de cada categoria profissional.
(ACS)

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