São Paulo, quinta-feira, 1 de junho de 1995
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Veto a plano de saúde dá prejuízo de R$ 5 mi

DA FT

A Prefeitura de São Paulo pode perder no mínimo R$ 5 milhões caso o PAS (Plano de Assistência à Saúde) não seja aprovado pela Câmara Municipal.
Este é o valor oficial que teria sido gasto com a implantação do PAS até o momento.
O PAS prevê a formação de cooperativas de médicos, pagos pela prefeitura, para atender à população. Os usuários do plano têm que provar que moram em São Paulo.
O plano restringe o atendimento na rede municipal de saúde às pessoas portadoras de ``carteirinha", que são fornecidas após o cadastramento dos moradores.
Os R$ 5 milhões gastos até o momento foram repassados da Secretaria Municipal de Saúde à Escola de Sociologia e Política, para o pagamento de estagiários que estão fazendo o cadastramento de pessoas.
O prefeito Paulo Maluf diz que cerca de 200 mil pessoas já foram cadastradas. Mesmo sem a aprovação na Câmara, o trabalho de cadastramento vai continuar, segundo Maluf, porque é a etapa mais demorada do projeto.
Segundo o vereador Adriano Diogo (PT), o valor dos gastos feitos até agora com o PAS pode chegar a R$ 7 milhões se considerados as despesas com publicidade. A secretaria não confirma esse valor.
Com R$ 5 milhões é possível construir 362 apartamentos, de 60 metros quadrados, pelo Projeto Cingapura, ou 793 casas populares, de 60 metros quadrados, pelo sistema de mutirão.
A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde diz, que mesmo se não o PAS não for aprovado, o dinheiro não terá sido desperdiçado, "pois o cadastramento pode ser usado em outras ações de saúde. A assessoria não explicou que ações seriam estas.

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