São Paulo, quinta-feira, 1 de junho de 1995
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Catedral La Menor é primaz do continente

LÉLIO PAGIORO
DO ENVIADO ESPECIAL

O ``tour" pela cidade colonial de Santo Domingo começa pela catedral Santa Maria La Menor, a primaz da América.
O bispo Alejandro Geraldini foi quem colocou a primeira pedra no dia 25 de março de 1521. A primeira missa foi celebrada em 24 de junho de 1535.
Na catedral ficaram enterrados os restos de Colombo, que mais tarde foram transferidos para o Farol de Colombo, obra realizada em 1992 em comemoração ao quinto centenário de descobrimento do continente.
A catedral reúne estilos gótico, romano e renascentista e foi totalmente construída em pedra coral. Nem os constantes terremotos que destruíram outros monumentos conseguiram derrubá-la. Atualmente está sendo restaurada.
Ao lado da catedral está o Palácio de Borguela (o museu da catedral), que serviu de sede para a organização do quinto centenário. Também está em reformas.
Seguindo adiante passa-se em frente à casa de Diego Cabalero, escrivão do governante na ilha na época da colonização espanhola. A casa foi restaurada em 1973.
Mais à frente é possível visitar a construção militar mais antiga do continente, a Fortaleza de Ozama -construída entre 1502 e 1507.
A porta da fortaleza, de madeira maciça, tem até hoje as marcas da invasão americana na República Dominicana, em 1916.
A fortaleza já foi usada para ``guardar" escravos e como prisão por governos ditatoriais. Foi construída em pedra.
A fortaleza fica na Calle de las Damas -considerada a rua mais antiga das Américas.
Segundo a população local, a rua tem esse nome porque todas as tardes as mulheres espanholas passeavam por ela, provavelmente em busca de marido.
Em seguida, é possível conhecer a Casa D Bastidas, onde morou Rodrigo De Bastidas, o primeiro coletor de impostos. Os arcos da casa foram construídos sob influência da arquitetura árabe.
Depois: a Casa D Hernan Cortês, descobridor do México, onde funciona a embaixada da França, a Casa D Nicolas de Ovando, arquiteto, engenheiro e terceiro governador, e a Igreja de Virgem de Los Dolores.
Uma entrada no Panteão Nacional é imprescindível. Ali estão enterrados os restos de 42 mortos ilustres da República Dominicana.
No teto está uma réplica da obra de Michelangelo ``O Inferno e a Glória", pintada na Capela Sistina, no Vaticano.
Seguindo em frente é possível ver o Relógio de Sol (o horário e marcado pela sombra que os ponteiros fazem na pedra), construído em 1753.
No inverno, o horário é marcado com exatidão. No verão, calcula-se o horário descontando-se meia hora de atraso.
Mais à frente está o Alcázar de Colombo, a casa de Diego, filho de Cristóvão Colombo, desenhada por arquitetos espanhóis e construída em 1510. É hoje um museu histórico.
Já voltando para o ponto inicial, é preciso ver as ruínas do convento dos dominicanos, construído em 1505 e destruído por um terremoto em 1802, ao lado do prédio onde funcionou a primeira universidade da América.
As ruínas da igreja e o hospital Nicolas de Bari são a parte final do roteiro pela cidade colonial.
(LP)

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