São Paulo, sexta-feira, 2 de junho de 1995
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Barrichello critica a Jordan e a Peugeot

MÁRIO MAGALHÃES
DO ENVIADO À INGLATERRA

O piloto brasileiro Rubens Barrichello criticou ontem a sua equipe, a Jordan, e a sua fornecedora de motores, a Peugeot.
Barrichello fez as declarações no autódromo inglês de Silverstone, onde participa de testes. Lá, foi visitado por jogadores da seleção brasileira de futebol.
``Como temos tido problemas, um pressiona o outro, puxa a brasa para o seu lado e tenta escapar de responsabilidades", afirmou.
``Eles deveriam pensar tudo de novo", disse. ``Enquanto os outros pilotos e as outras equipes crescem, isso não ocorre comigo", afirmou à Folha.
Em sua primeira volta no circuito, Barrichello teve problemas com a válvula pneumática do motor, que o impediu de treinar pela manhã. À tarde, conseguiu o quinto tempo do dia, 1min30s04.
``Olha que velocidade", disse o goleiro Zetti, ao ver o piloto chegar ao box com o carro rebocado.
Quanto às declarações do diretor da Peugeot, Jean-Pierre Jabouille, que criticou a equipe, Barrichello se disse triste. ``E, pior, acaba sobrando para mim", disse.
A visita da seleção melhorou o clima no box da Jordan. ``Com a nossa vinda, o astral vai melhorar", afirmou o goleiro Gilmar.
``Vamos passar energia boa para o Rubinho", disse o lateral-esquerdo Roberto Carlos, após colocar o capacete e entrar no carro, fingindo dirigi-lo.
Principal piadista da seleção, o jogador imitou com a boca o barulho do motor e de uma batida.
O lateral Jorginho, que fala alemão, não quis conversar com o alemão Michael Schumacher, que também participava dos testes. ``Schumacher é marrento (mascarado, cabotino)", disse.
Na pista, Damon Hill, da Williams, foi o mais rápido (1min28s18), seguido por Michael Schumacher (Benetton, 1min28s25), David Coulthard (Williams, 1min28s37), Mika Hakkinen (McLaren, 1min29s75), Barrichello e Mark Blundell (McLaren, 1min30s83).
Barrichello continua o teste hoje. Amanhã embarca para a Miami.
Em Londres, a Simtek confirmou que não disputará o GP do Canadá, dia 11, por falta de recursos.

Com Reportagem Local e agências internacionais

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