São Paulo, sexta-feira, 2 de junho de 1995
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Coelhos e vírus

VANESSA DE SÁ

Os vírus, como o Ébola e o HIV, que causa a Aids, ainda podem ser considerados mortíferos. No futuro -pode levar milhares de anos-, certamente não vão ser tanto assim.
Isso porque os seres vivos mudam com o tempo. As mudanças acontecem lentamente. Podem ser ``invisíveis" ou ``visíveis". Por exemplo, um coelho que nasce marrom, quando seus irmãos são brancos.
O gerente da célula -o material genético- passa a dar, de uma hora para outra, novas ordens aos empregados da célula.
O gerente não tem um objetivo. Tudo acontece ao acaso. Sob novo comando, as fábricas (células) mudam. Por isso, o ser vivo muda.
Um exemplo dessas mudanças foi o que aconteceu na Austrália na década de 50.
Lá, os coelhos haviam se tornado uma praga: nasciam aos montes. Então decidiu-se levar para o país um tipo de vírus brasileiro que causava a doença mixomatose.
A doença matou quase 90% dos coelhos australianos. Com o passar do tempo, coelhos e vírus mudaram. Passaram a existir coelhos que não morriam mais da doença mixomatose. E os vírus passaram a não ser tão mais perigosos.

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