São Paulo, domingo, 4 de junho de 1995
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Só pensa naquilo; Proibido deputado; O tempo dirá; Saída mais política; Combinação explosiva; Voando penas; Afogando em papel; Sombra e água fresca; Um a menos; Andando em círculos

Só pensa naquilo
Após rápida viagem a Minas amanhã de manhã, FHC vai dedicar sua agenda exclusivamente a atender deputados. A programação intensiva se estenderá por 15 dias. Acha que é sua maior chance de aprovar as emendas que faltam.

Proibido deputado
No esforço de ter o maior quórum possível em plenário nesta semana para aprovar as emendas que faltam, o Planalto estendeu a todos os órgãos federais ordem dada já a ministros: nada de atender deputados de terça a quinta.

O tempo dirá
A avaliação presidencial de que a prioridade do governo é política -aprovar as reformas- pesou na saída de Pérsio Arida, que queria medidas econômicas mais duras já. Para FHC, a fase ``nervosa" do real dura mais dois meses.

Saída mais política
Pérsio Arida era, na equipe econômica, o mais radical defensor da desindexação total e imediata de preços e salários -conjugada com o aprofundamento da recessão para conter a demanda. FHC preferiu ouvir outras opiniões.

Combinação explosiva
Definição da personalidade de Pérsio Arida ouvida em gabinete do terceiro andar do Palácio do Planalto: ``Ele é genial. Porém é também muito genioso".

Voando penas
Não pararam em Pérsio Arida as crítica de Covas à equipe econômica feitas a FHC. Sobrou também para Malan e Serra. Mas FHC tem dito que Malan é mais seu amigo do que se pensa: ``Ele só sai do ministério se quiser".

Afogando em papel
Os mentores do Comunidade Solidária estão preocupados com o êxito dos programas, tamanha é a burocracia. No caso das moradias populares, por exemplo, as prefeituras precisam apresentar 30 documentos para receber a verba.

Sombra e água fresca
Piada contada dentro do governo para explicar os critérios que levaram FHC a nomear alguns ministros para a comissão oficial que deve atuar pelo fim do trabalho escravo: ``É para ver se eles se tornam escravos do trabalho".

Um a menos
No Senado, o PFL já dá como certa uma defecção. Josaphat Marinho (PFL-BA) é considerado voto certo contra a quebra dos monopólios estatais. A única esperança pefelista é o temido poder persuasivo do conterrâneo ACM.

Andando em círculos
PC Farias está cada vez mais ansioso em sua cela. Terminou no dia 30 de maio o prazo para que a Procuradoria Geral da República desse subsídios ao STF para a decisão sobre uma possível prisão-albergue. Até agora, nada.

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