São Paulo, domingo, 4 de junho de 1995
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Sinfônica apresenta ``Don Pasquale"

JOANA GELPI MARCONDES
DA REDAÇÃO

Ópera: Don Pasquale, de Gaetano Donizetti
Com: Orquestra Sinfônica de Santo André
Quando: hoje, às 11h.
Onde: Memorial da América Latina (r. Mário de Andrade, 664, tel. 823-9611)
Quanto: entrada franca

Um bom programa hoje, para adultos e crianças, é assistir a ópera ``Don Pasquale" que será apresentada pela Orquestra Sinfônica de Santo André, às 11h, no Memorial da América Latina.
A ópera escolhida é uma peça cômica de Gaetano Donizetti (1797-1848). Será cantada em italiano, mas é de fácil compreensão e pode ser entendida pelo público infantil, segundo o regente Flávio Florence.
Trata-se de uma comédia de costumes. Conta a história de um velho decrépito e rabugento, a moça por quem o velho é apaixonado, o jovem que conquistou o coração da moça e o médico particular do velho. ``Don Pasquale" foi a última ópera bufa composta no século passado.
``O público adulto e infantil não terá dificuldade de compreensão, porque o enredo é simples e a direção é muito clara. Os gestos dos personagens traduzem suas falas", diz o regente titular e fundador da orquestra. Para facilitar a compreensão, serão entregues resumos da peça antes do espetáculo.
84 anos separam as duas temporadas de apresentação desta ópera na cidade de São Paulo. A primeira foi em 1911, na temporada inaugural do Teatro Municipal.
É a primeira vez que a Orquestra de Santo André apresenta uma ópera. ``Já fizemos diversos trabalhos com balés e com cantores de música popular, como Edson Cordeiro, mas esta é a nossa primeira incursão no gênero da ópera", diz Florence.
Para o maestro, a ópera é um interessante gênero musical, por ter um tempo especial.
``No cinema, a cena de uma morte se dá em tempo real, na ópera não. Na ópera, a morte é mais demorada, oferecendo ao público não só o fato, mas também o tempo para a reflexão acerca do fato, através da música. Isto dá ao espetáculo um colorido especial", diz Flávio Florence.
Participam também do espetáculo, o barítono Sandro Cristopher, como Don Pasquale, a soprano Maria Thereza Souza Lima, como a moça, o tenor Fernando Portinari, como o jovem apaixonado e o barítono Sebastião Teixeira, o médico de Don Pasquale. A direção é de Walter Neiva.
A apresentação faz parte da série ``Concertos Matinais", que o Memorial promove um domingo por mês. Esta série tem como objetivo suprir a falta de programas eruditos voltados para as crianças.
A Orquestra Sinfônica de Santo André existe há oito anos e é uma das maiores orquestras do Brasil, atualmente com 90 músicos.

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