São Paulo, domingo, 4 de junho de 1995 |
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a mulher, segundo Nelson
SÉRGIO DÁVILA O ginecologista, a cunhada, os amantes, nada escapa à singular e peremptória ótica rodriguiana no livro "Asfalto Selvagem - Engraçadinha, Seus Amores e Seus Pecados"."Não há solidão maior e mais desesperadora que a da cliente bonita (sem acompanhante) e o ginecologista (sem enfermeira). Dir-se-ia o único casal da Terra. "Nenhuma mulher trai por amor ou desamor. O que há é o apelo milenar, a nostalgia da prostituta que existe ainda na mais pura." "A esposa deve ser fria. Qualquer volúpia, mesmo entre marido e mulher, é uma mácula, realmente uma mácula." "Mulher entende mais o grito, entende mais a ameaça do que o argumento, o fato. Todas gostam de sofrer na carne o espasmo do medo." "O ginecologista é o adultério da mulher fiel." "Só conhece o amor quem possuiu a cunhada impossível." "Só os que batem são amados pelas crianças e mulheres." "Há momentos (nem sempre, claro), há momentos em que a mulher gosta de ser xingada." "Não há embriaguez mais completa, não há delícia mais profunda do que ver o amado traindo." "O homem mais íntegro pode desejar a irmã da esposa. Ele sente que possui esse direito." Texto Anterior: (o)caso da namoradinha Próximo Texto: clip Índice |
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