São Paulo, domingo, 4 de junho de 1995
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Play it again, Sam

DALMO MAGNO DEFENSOR
ESPECIAL PARA A FOLHA

Jô entrevista uma bruxa, e Paulo Coelho faz ventar -e chover livros. Acredita-se em duendes, elfos e gnomos, e Tolkien é redescoberto. Já que magia está na moda, reprisem ``A Feiticeira".
Elisabeth Montgomery era Samantha, dona-de-casa bonita e imortal, que fazia mágicas de verdade com uma simples torcida de nariz. Era casada com o publicitário e simples mortal James Stephens, que a chamava de Sam, e era uma espécie de Pato Donald humano: atrapalhado, irritadiço e engraçado. Tinham dois filhos, Tabatha e Adam.
Endora, mãe de Samantha, não tolerava James, a quem irritava chamando de Jonathas. Para sacaneá-lo, certa vez usou seus poderes para fazer com que James só falasse em italiano -e ele berrava ``Endora, io te strangolo!".
Tia Clara, velhinha de poderes minguantes, tomava conta de Tabatha. Para entreter a garotinha, fazia personagens de historinhas saírem dos livros -e sempre esquecia as palavras certas para mandá-los de volta. Outros feiticeiros habitués: Serena, a sensual ``prima-gêmea" de Sam, que era Montgomery de peruca escura; Maurice, seu pai; e os tios Agatha e Arthur.
Entre os mortais, destacavam-se Larry Tate, o pouco escrupuloso patrão de James, e sua mulher Louise; e Gladys Kravitz, a vizinha bisbilhoteira. Sempre espionando os Stephens, ela presenciava cenas de magia e corria a chamar Abner, seu incrédulo marido. Mas, ao entrarem na casa dos Stephens, Samantha já havia ocultado as ``provas" -e a inconformada sra. Kravitz passava por louca.
Assim que soube da morte de Montgomery, quis dedicar-lhe um artigo. Porém, foi somente durante a catança de milho no teclado, que percebi o quanto de ``A Feiticeira" ainda havia em minha memória. Ora essa, eu tinha uma série ``cult" e não sabia.

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