São Paulo, segunda-feira, 5 de junho de 1995
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País pode ter "Estatuto da Cidadania"

ANTONIO CARLOS SEIDL
DA REPORTAGEM LOCAL

A introdução de um ``Estatuto da Cidadania" no país pode ser o resultado da visita do ministro britânico David Hunt, responsável pela reforma administrativa do Reino Unido, esta semana, ao Brasil.
O primeiro passo será dado hoje quando Hunt explica como a iniciativa funciona em seu país, em palestra sobre a reforma administrativa britânica, a convite do ministro Bresser Pereira, no Ministério da Administração Federal, em Brasília.
O ``Estatuto da Cidadania" define padrões de serviços públicos que o cidadão tem o direito de esperar e exigir. A seguir, trechos da entrevista de David Hunt à Folha.
Folha - Quais são os principais pontos da reforma administrativa do setor público no Reino Unido?
David Hunt - A privatização, que já rendeu até agora US$ 100,8 bilhões ao Tesouro britânico, e, mais recentemente a introdução do ``Estatuto da Cidadania", que diz a cada funcionário público que tudo que importa é o serviço rápido e eficiente ao contribuinte.
Folha - O que o ``Estatuto da Cidadania" estabelece como princípios do setor público?
Hunt - Independência, integridade e imparcialidade, que inclui a proibição dos funcionários pertencerem a partidos políticos.
Folha - Qual foi o impacto da reforma administrativa no número de funcionários públicos?
Hunt - Como resultado do programa de privatização do governo, iniciado pela primeira-ministra Margaret Thatcher em 1979, um milhão de trabalhadores passaram do setor público para o privado.
As indústrias privatizadas, de telecomunicações a siderurgia, de petróleo a eletricidade, custavam ao contribuinte britânico US$ 80 milhões por semana em subsídios, agora são lucrativas e pagam em impostos ao Tesouro US$ 80 milhões por semana. E o número de funcionários públicos, que era de 750 mil, caiu para 500 mil.

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