São Paulo, segunda-feira, 5 de junho de 1995 |
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Sadia exporta do Mercosul aos emirados árabes
NELSON BLECHER
Segundo Murilo Guimarães, diretor internacional, as vendas atingiram US$ 23 milhões em 1994. Suas carnes industrializadas já estão nas prateleiras de 70% dos supermercados da zona metropolitana de Buenos Aires (60% do mercado de consumo nacional). A marca corporativa vem sendo promovida há dois anos junto aos consumidores portenhos. As campanhas publicitárias absorvem US$ 5 milhões anuais. A ofensiva no Mercosul é ainda uma gota no oceano de exportações para 43 países, que somaram US$ 567 milhões em 1994. Desse total, 2/3 são commodities e o restante, produtos industrializados. ``A marca está bastante associada a frango, mas exportamos também hambúrguer, carne bovina e salsichas", diz Guimarães. Seu principal alvo são os países do Oriente Médio (Arábia Saudita, Kuwait e emirados árabes), que concentram vendas superiores a US$ 100 milhões. Empanados e salsichas respondem por um terço do total. A companhia diz que detém a liderança do mercado de frangos e congelados da Arábia Saudita, à exceção da região central do país, dominada pelo concorrente francês Doux. Segundo Guimarães, o abate de frangos na unidade de Concórdia (SC) é inspecionado por uma junta islâmica para comprovar que o sangramento segue as condições por preceitos religiosos. Uma marca regional, batizada de ``Halal", foi desenvolvida com base em pesquisa de mercado conduzida pela agência francesa Publi-Graphics. As embalagens foram desenhadas no Brasil. Outra agência, a norte-americana Grey, é responsável também pela criação de campanhas. ``A publicidade internacional consumiu US$ 5 milhões em 1994 e pode crescer este ano", afirma o executivo. Na Ásia, que gera exportações de US$ 60 milhões anuais, os produtos da Sadia são comercializados com a marca corporativa, além da Corcovado, existente há uma década em Hong Kong. ``Apenas no Japão nossa marca não é conhecida dos consumidores, uma vez que as vendas são `taylor made' (sob encomenda)". O mercado chinês passou a ser explorado recentemente. O principal ponto de divulgação da marca é a churrascaria Beijing Brasil, inaugurada em julho do ano passado em sociedade com a Sky Dragon, uma empresa local. ``Investimos US$ 600 mil no negócio", diz Guimarães. (Nelson Blecher) Texto Anterior: Presidente critica oposição Próximo Texto: Brahma quer mercado externo Índice |
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