São Paulo, segunda-feira, 5 de junho de 1995 |
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Empresas tentam fixar marca
NELSON BLECHER
``A veiculação das campanhas é restrita à mídia impressa", diz Leda Maria Bednarski, supervisora da agência de publicidade Young & Rubicam. Os investimentos, conforme apurou a Folha, correspondem a cerca de 20% dos US$ 45 milhões que o Bamerindus aplicou em 1994 para promover a marca junto ao público brasileiro. Em suplemento sobre o Brasil editado pelo jornal inglês ``Financial Times" no dia 17 de maio, um anúncio de meia página convidava investidores a identificar no banco seu parceiro no país. Para a Cofap, a imagem refletida pela marca -exporta para as principais montadoras mundiais e detém prêmios de qualidade- vem contribuindo para acelerar ganhos de participação. A empresa instalou um centro de distribuição e um escritório de comercialização de autopeças na Argentina que, em apenas dois anos, passou a deter 35% do mercado de componentes de motor para reposição. ``Quem possui uma marca reconhecida não corre o risco de ficar vulnerável à concorrência", afirma Marc Nacamuli, presidente da Eletromecânica Dyna. Na semana passada, a empresa desembolsou US$ 2.500 em taxas de renovação do registro da marca no Irã. ``Há dez anos nossas exportações para a Itália levavam a chancela de uma marca com sotaque italiano, a ``puro linen". Isso mudou", diz Ivah Pacheco, da Braspérola, cujos tecidos forram as roupas de grifes famosas como Ralph Lauren e Calvin Klein. A Braspérola, que prevê faturar US$ 175 milhões em 1995, colhe com linho puro a maior fatia de suas exportações (23%). No caso dessa empresa, a imagem internacional serve à promoção interna. Suas campanhas mostram os produtos confeccionados com os tecidos da marca em paisagens européias. ``Enviamos por ocasião das filmagens 40 modelos de grifes brasileiras. Ela faz um desfile", diz. A campanha absorve parte dos investimentos de US$ 1,6 milhão em publicidade neste ano. A Dyna e seus distribuidores internacionais rateiam investimento anual de US$ 200 mil na edição de catálogos e publicação de anúncios. Os produtos, que têm como símbolo um sapo motorista, são comercializados na rede de varejo alemã Augros e nas lojas especializadas da cadeia norte-americana Wiper Express. ``Supermercados e postos de gasolina respondem por metade de nossas vendas de palhetas de pára-brisa no exterior", informa Nacamuli. (NB) Texto Anterior: Brahma quer mercado externo Próximo Texto: Batata da Heinz chega ao país Índice |
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