São Paulo, segunda-feira, 5 de junho de 1995 |
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ROCK À GOMES DE SÁ
ANTONINA LEMOS
O intercâmbio funciona na base da brodagem, ou seja, de forma completamente informal. As bandas enviam ``dats" (fita de alta qualidade a partir da qual será feito o CD) para a gravadora, que se responsabiliza pela distribuição e pela feitura da capa. Estão participando do intercâmbio -por enquanto- as bandas Os Cabelo Duro e DFC, de Brasília e a paulista Garotos Podres. O Garotos participou da coletânea ``Vozes da Raiva 1" junto com as bandas portuguesas Mata-Ratos e Pé-de-cabra. A banda brasileira participa com cinco faixas e agora começa a lançar bandas portuguesas no Brasil (leia texto abaixo). O caso de Os Cabelo Duro é mais surpreendente. A banda brasiliense nunca participou de um CD no Brasil, faz shows só em casas underground e tem que batalhar para conseguir fazer shows em São Paulo. Em Portugal, o tratamento é outro. A banda tem até previsão de um disco solo para este ano, com turnê de lançamento em Portugal e outros países da Europa. O DFC vai pelo mesmo caminho. O disco da banda, lançado no Brasil ano passado pela Eldorado, sai em Portugal em setembro. A banda já planeja uma turnê pela Europa. Segundo José Felipe, 26, diretor artístico da Drunk Records o intercâmbio é ``ótimo para as bandas, para o selo e para as pessoas que gostam de rock". ``As bandas brasileiras estão tendo uma ótima aceitação aqui", diz. O entusiasmo entre as bandas também é grande.``Em Portugal as coisas funcionam, estávamos correndo atrás de gravadoras aqui e não aparecia nada. Lá foi tudo muito simples", diz Hélio, 25, baixista de Os Cabelo Duro. José Felipe diz que qualquer banda brasileira pode mandar uma fita demo para o selo. Endereço: Apartado, 13037-1000, Lisboa, Portugal. Texto Anterior: UNE faz congresso de estudantes e elege novo presidente mês que vem Próximo Texto: Curtir reggae é unanimidade entre pessoas desentendidas Índice |
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