São Paulo, terça-feira, 6 de junho de 1995 |
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Petrobrás mostra boa vontade, diz Spis
CRISTIANE PERINI LUCCHESI
Prova disso, segundo ele, é o fato de a empresa ter liberado dois dirigentes da FUP -Luiza Maria Botelho e Afonso Alves Filho- de seu trabalho para negociar. ``Essa negociação tem um peso político muito grande visto que líderes congressistas, inclusive do governo, estão atentos aos seus primeiros passos", afirmou Spis. Na quinta-feira passada, parlamentares assinaram documento em que pedem aos petroleiros a volta ao trabalho, se colocam como avalistas da negociação e sugerem que a Petrobrás considere, nos entendimentos, o ``cancelamento" das demissões anunciadas na greve. O coordenador da FUP, um dos demitidos na greve de 30 dias que terminou na sexta-feira, disse que vai estar presente às negociações. Segundo ele, a Petrobrás não deve colocar objeções a isso. Os petroleiros querem pôr na pauta de debates as seguintes questões: 1) reintegração dos demitidos; 2) pagamento ou não dos dias parados; 3) questão econômica e; 4) definição de um acordo coletivo de trabalho efetivo. Empresa O presidente da Petrobrás, Joel Rennó, disse no Rio que a estatal planeja analisar o parcelamento dos descontos referentes aos dias parados e admitiu também rever algumas das demissões. Em entrevista na sede da empresa, Rennó disse que a superintendência de recursos humanos está orientada a analisar de modo detalhado a situação de cada demitido. ``Onde possa, eventualmente, ter se configurado alguma injustiça, nós vamos revertê-la", afirmou Rennó. Além de rever as demissões ``injustas", Rennó disse que a anunciada revisão de algumas demissões não significa que o governo tenha recuado na decisão de manter as punições dos grevistas. ``Absolutamente. Vamos examinar alguns casos de demissão efetuada, revendo-as. Não há menor hipótese do cancelamento de todas as demissões", afirmou ele. A reunião está marcada para começar às 14h, na sede da estatal. Pela Petrobrás, dirigirá a reunião o chefe de gabinete Cid Rodrigues, recém-nomeado para o cargo de superintendente de recursos humanos, no lugar de Clotário Francisco Cardoso, que morreu na semana passada vítima de infarto. Colaborou a Sucursal do Rio. Texto Anterior: Especialista faz elogios à mostra de Rodin em SP Próximo Texto: Planalto não se manifesta mais Índice |
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