São Paulo, terça-feira, 6 de junho de 1995
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Líder do PMDB diz que partido é contra mudança só nos salários

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O PMDB, maior partido do Congresso e integrante da base de apoio do governo, não aceita o fim de reajustes automáticos dos salários sem mudanças nos índices que corrigem contratos e impostos.
O líder do PMDB na Câmara, deputado Michel Temer (SP), exigiu ontem mudanças na TR (Taxa Referencial de juros) e na Ufir (índice de correção dos impostos) a partir de julho.
Segundo Temer, o Congresso não aprovará o fim da indexação apenas para os salários.
``Política de uma mão só não dá", alegou Temer. O líder também impõe uma condição para o partido aprovar a livre negociação salarial entre patrões e empregados a partir do segundo semestre: a garantia, por lei, de proteção para os baixos salários.
``Talvez a desindexação tenha mesmo que ser feita gradativamente", reagiu ontem o líder do governo no Congresso, deputado germano Rigotto (PMDB-RS).
O governo ainda discute se a indexação da economia deverá acabar de uma só vez ou aos poucos.
``Há uma tendência favorável à tese da desindexação da economia, mas também existe uma preocupação com os baixos salários", avaliou Rigotto.
O líder disse que a proposta do governo será submetida previamente aos líderes de partidos aliados nas próximas semanas.

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