São Paulo, terça-feira, 6 de junho de 1995
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Rússia reafirma intenção de vetar nova força

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A Rússia deu mais um passo ontem no sentido de vetar, no Conselho de Segurança da ONU, a criação de uma força multinacional para agir na Bósnia.
O chanceler russo, Andrei Kozirev, disse considerar a proposta de uma força de reação rápida ``um adeus definitivo ao plano de paz".
Pela manhã, os russos haviam dito que discutiriam a criação da força, mas à tarde voltaram atrás.
Os russos propõem manter o atual mandato da ONU na Bósnia, o que evitaria dar excessiva força à Otan. A Rússia não participa da aliança militar do Ocidente, que até o final da era comunista foi sua maior adversária.
A Rússia enviou emissários para negociar com o presidente da Iugoslávia, Slobodan Milosevic.
Anteontem, o presidente Boris Ieltsin havia prometido ao francês Jacques Chirac que pressionaria Sérvia e Montenegro a isolar politicamente os sérvios da Bósnia. Ieltsin afirmou que quer uma saída ``política" para a crise.
Amanhã, Kozirev se reúne com o primeiro-ministro britânico John Major, em Londres. O Reino Unido, junto com a França, é o patrocinador da força multinacional que deve entrar em ação em caso de agressões dos sérvios.
A Rússia, na qualidade de membro permanente do Conselho de Segurança, tem poder de vetar qualquer resolução.
A criação da Força de Reação Rápida, proposta na reunião da Otan do último sábado, precisa ser aprovada na ONU.
O vice-ministro da Defesa da Rússia, Mikhail Kolesnikov, se encontrou ontem em Viena com o general John Shalikashvili, chefe do Estado Maior norte-americano.
O encontro foi secreto e aconteceu na embaixada norte-americana. A televisão austríaca mostrou os dois chegando ao encontro.
Ele discutiram a situação na Bósnia, mas se negaram a comentar qualquer decisão, ao fim de duas horas de encontro.

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