São Paulo, quarta-feira, 7 de junho de 1995
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Terapia genética combate câncer de pele

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Pesquisadores da Universidade do Colorado (EUA) desenvolveram uma nova terapia genética que se mostrou eficaz no combate a uma forma de câncer de pele em camundongos. Os pesquisadores esperam iniciar testes preliminares com seres humanos em seis meses.
A equipe de Patrick Walsh, do Centro de Ciências da Saúde da universidade, conseguiu inserir nas células do melanoma -tipo de câncer de pele- um gene que libera um potente estimulante imunológico.
O estudo foi publicado na última edição da revista do Instituto Nacional do Câncer, dos EUA.
A substância -batizada de M-CSF (sigla em inglês para fator estimulante de colônias de macrófagos)- é inserida nas células através de um vírus modificado.
"É uma proteína que torna células de defesa mais capazes de eliminar o câncer", diz Walsh.
O tratamento em humanos implicaria a produção de uma terapia específica para cada caso.
Células cancerosas do paciente seriam removidas, tratadas com a M-CSF e depois reimplantadas próximas ao local do câncer.
Os camundongos (número não especificado) que receberam as células tratadas com o gene desenvolveram a doença quando o surgimento do tumor foi estimulado, mas rapidamente rejeitaram as células cancerosas.
Alguns animais nem chegaram a desenvolver a doença.
Os animais de um grupo de referência, que receberam células sem tratamento, desenvolveram a doença e morreram.
Os cientistas disseram que, em trabalho anterior, conseguiram 20% de sucesso na cura da doença em camundongos com a mesma técnica.
Eles agora tentam superar os obstáculos técnicos, como a velocidade do crescimento do tumor.
Sem tratamento, o melanoma pode levar à morte. Se for diagnosticado em seus estágios iniciais, pode ser tratado.

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