São Paulo, sexta-feira, 9 de junho de 1995
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Shell já tem planos para ampliar atividades

DA SUCURSAL DO RIO

A Shell se prepara para atuar em pesquisa, prospecção e exploração de petróleo em áreas brasileiras assim que a quebra do monopólio for confirmada em novas votações na Câmara dos Deputados e no Senado.
O monopólio foi quebrado anteontem, em primeiro turno, em votação na Câmara.
A partir da definição das leis que regularão o setor no caso de o monopólio acabar, a Shell investirá em outras atividades petrolíferas, disse à Folha o diretor de Gás e Assuntos Corporativos da empresa, Orlando Puppin.
``Não existe dúvida de que poderemos vir a atuar em pesquisa, prospecção e exploração de petróleo", afirmou Puppin, que acompanhou a votação em Brasília.
A Shell limita sua atuação no setor petrolífero nacional à distribuição de derivados. A empresa detém 25% do mercado distribuidor do país, atuando até mesmo em áreas isoladas da Amazônia.
Puppin disse que a Shell prevê investir em 95 cerca de US$ 100 milhões no setor petrolífero.
Para expandir suas atividades, a empresa terá que importar equipamentos, contratar mais empregados e trazer do exterior profissionais que Puppin qualificou como ``elementos gerenciais".
``Não dispomos desta tecnologia (pesquisa, prospecção e exploração) no Brasil porque a lei limita nossa atuação à distribuição, mas podemos mobilizar recursos com alguma rapidez", disse.
A Shell emprega no Brasil cerca de 2.000 pessoas, que trabalham na distribuição de derivados.
``Nossos recursos humanos executam tarefas de distribuição. Vamos ter que nos adequar às novas oportunidades surgidas a partir da definição", disse Puppin.
Principal concorrente da Shell, a Esso decidiu não anunciar seus planos antes da confirmação da quebra do monopólio. O grupo Ipiranga também resolveu não se manifestar antes que o fim do monopólio seja confirmado.

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