São Paulo, sexta-feira, 9 de junho de 1995
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Queda de vendas da indústria é recorde

DA REDAÇÃO

Caíram 15,33% as vendas da indústria em abril em relação a março, segundo dados divulgados ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O índice de retração é recorde.
Desde de 92, quando a CNI iniciou o levantamento de seus indicadores industriais, não era registrada variação tão expressiva nas vendas entre um mês e outro. Em comparação a abril de 94, porém, as vendas cresceram 26,23%.
Também registraram queda em abril a utilização da capacidade instalada da indústria -de 81% em março para 78,50%- e o total de horas trabalhadas na produção, 6,93%.
Segundo a CNI, a redução da atividade industrial em abril se deve mais às dificuldades de crédito ao setor produtivo do que as medidas de restrição ao consumo adotadas pelo governo.
Os dados levantados pela CNI relativos ao mercado de trabalho industrial ainda apresentam resultados positivos. O emprego cresceu 0,36% e o total de salários pagos é 1,86% maior do que em março.
Apesar do desempenho de abril, a indústria conseguiu resultado positivo expressivo nos primeiros quatro meses do ano.
Em comparação ao primeiro quadrimestre de 94, as vendas cresceram 27,25% e as horas trabalhadas, 6,68%. Os salários pagos subiram 15,63% e o emprego, 1,75%.
O primeiro quadrimestre deste ano registra também um aumento de 4,2 pontos percentuais no item utilização da capacidade instalada.
Regionais
Foi no Espírito Santo e no Ceará o maior recuo na vendas, segundo os resultados regionais da CNI. A indústria capixaba registrou queda de 22,31% e a cearense, 17,65%. O parque industrial de São Paulo vendeu 16,34% menos em abril do que havia vendido em março.
Em relação à utilização da capacidade instalada, só Amazonas registrou crescimento: 70,70% em março contra 73,20% em abril.

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