São Paulo, terça-feira, 13 de junho de 1995 |
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QUEM GANHA E QUEM PERDE COM AS COTAS; OS MOTIVOS DAS DIVERGÊNCIAS NO GOVERNO QUEM GANHA E QUEM PERDE COM AS COTAS GANHAM . As montadoras instaladas no país, pois a concorrência com os fabricantes estrangeiros sem filiais no Brasil será reduzida. . Entre as montadoras, a Fiat é a mais beneficiada, pois é a maior exportadora do setor e a MP deverá vincular US$ 1 importado a US$ 1 exportado. . No governo, ganha a parte da equipe econômica que defende restrições à abertura da economia, como o ministro José Serra (Planejamento). PERDEM . Os importadores autônomos, que correm o risco de só poder importar até 5% da produção nacional (o que dá cerca de 85 mil veículos ao ano). . O consumidor, que deixará de se beneficiar da concorrência imposta pela entrada de carros importados no mercado brasileiro. . No governo, perdem os defensores da política de abertura comercial desenvolvida até agora, como o ministro Pedro Malan (Fazenda). OS MOTIVOS DAS DIVERGÊNCIAS NO GOVERNO 1 - O Ministério da Fazenda defende a abertura econômica e é contrário à proteção de setores específicos da economia (o setor automobilístico, neste caso) 2 - Já os ministérios do Planejamento e da Indústria e Comércio admitem restringir a abertura econômica para reverter os resultados negativos da balança comercial (quando as importações superam as exportações) 3 - Estes dois ministérios querem ainda o regime de cotas, pois defendem que esta decisão trará aumento dos investimentos na produção (ao vincular um percentual destes investimentos às cotas de importação) 4 - O Ministério da Fazenda defende que a melhor política industrial é aquela que dá o mesmo tratamento para toda a economia, sem privilégios para qualquer setor específico Texto Anterior: Mercosul vai ficar de fora Próximo Texto: Nota à imprensa quer explicar MP Índice |
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