São Paulo, terça-feira, 13 de junho de 1995
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Governo descarta aumento real

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo não vai conceder reajuste real de salário para os portuários em data-base. O CCE (Comitê de Controle das Estatais) distribuiu um documento para as oito companhias docas limitando os aumentos salariais ao IPC-r (Índice de Preços ao Consumidor do real) acumulado no período.
O ofício pede até mesmo a revisão dos acordos coletivos anteriores. A Folha apurou que as empresas estarão obrigadas a contestar em juízo as cláusulas que não forem acordadas com os trabalhadores.
As orientações do CCE são duras e impedem a cessão de qualquer novo benefício. Uma das vantagens que as empresas já estão questionando com os portuários é a redução do adicional noturno, que varia de 70% a 100%, para 50%.
O governo impediu também qualquer referência a reconhecimento de passivos trabalhistas. Com esta determinação, as companhias vão suspender o pagamento dos passivos do Plano Bresser.
Os portuários ganharam na Justiça Trabalhista a concessão de 26,5%, retroativos a fevereiro de 89, e que seriam incorporados ao salário.
O reajuste começou a ser pago em março e deverá ser suspenso.

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