São Paulo, terça-feira, 13 de junho de 1995
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Maranhão é campeão de casos

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO LUÍS

As 24 mortes registradas entre os 556 doentes de cólera do Maranhão representam quase a metade de todas as mortes provocadas pela doença no país neste ano.
A taxa de letalidade do Estado (4,32 mortes a cada cem doentes) é a maior do país e corresponde ao dobro da média nacional (2,4).
A doença se alastra como epidemia em cinco cidades do Estado: Pindaré-Mirim (121 casos), Carutapera (120), Vitória do Mearim (108), Santa Inês (105) e Penalva (91).
Os municípios mais atingidos ficam na região dos lagos do vale do Pindaré, no centro-oeste do Estado, e concentram grande número de pescadores.
Em Vitória do Mearim, Penalva e Carutapera, mais de 80% da população não possui abastecimento de água adequado.
Segundo o coordenador de Vigilância Epidemiológica e Sanitária, José Celso, a Secretaria Estadual de Saúde tem dificuldade para socorrer a população rural, que vive distante dos postos de saúde e hospitais.
Devido à demora para receber a hidratação via oral ou intravenosa, muitos doentes de cólera não resistem e morrem durante o tratamento. Dos 24 mortos, 19 tinham sido hospitalizados.
No ano passado, o cólera fez 1.886 doentes e provocou 58 mortes no Maranhão. Os novos casos nas duas últimas semanas chegaram a 27.

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