São Paulo, quarta-feira, 14 de junho de 1995
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Para Renault, medida do governo é 'branda'

DA REPORTAGEM LOCAL; DO ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Uma decisão ``ponderada" e mais ``branda" do que o esperado pelos importadores. A avaliação é de Carlos Alberto de Oliveira Andrade, diretor da Caoa, importadora da marca francesa Renault.
Para Andrade, a limitação do número de veículos que poderão ser importados até o final do ano não vai prejudicar o setor.
``É um número razoável. Com a alíquota de 70%, as vendas não iriam ser superiores", explica. ``Há três meses a Renault não importa nada e ainda tem 1.400 carros no estoque".
Tanto Andrade como Thierry Peugeot, diretor-superintendente da Peugeot do Brasil, ficaram aliviados com a manutenção da validade das guias de importação. ``O nosso grande medo era que o governo cancelasse negócios já fechados no exterior", diz Peugeot.
José Carlos Pinheiro Neto, diretor de Assuntos Corporativos da General Motors, diz que a edição da medida provisória é um ``enorme passo à frente". Segundo ele, a indústria sempre reivindicou ``regras claras e estáveis para nortear seus investimentos".
A assessoria da Fiat informou que nenhum diretor comentaria a medida ontem. Emílio Julianelli, presidente da Abeiva (associação dos importadores de veículos), também não quis falar sobre os efeitos da MP ontem à noite.
No Rio, o ex-ministro da Fazenda Marcilio Marques Moreira, que participou de conferência do Banco Mundial sobre a América Latina, criticou a medida. ``O governo brasileiro tem reservas e elasticidade de política econômica para lidar com o problema da balança comercial sem recorrer às cotas de importação", disse.

Colaborou o enviado especial ao Rio

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