São Paulo, quarta-feira, 14 de junho de 1995 |
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Portuários param greve após TRT dar aumento
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS: DA REPORTAGEM LOCAL Tribunal manda Codesp pagar 7% de reajuste real e julga paralisação não-abusivaOs funcionários da Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo) decidiram em assembléia na noite de ontem encerrar a greve iniciada na última segunda-feira. Eles acataram a decisão do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) que julgou não-abusiva a greve da categoria e concedeu aumento real de 7% a título de produtividade, além dos 32,88% do IPC-r. Os portuários reivindicavam 29% de produtividade. O TRT determinou que os 6.000 funcionários da Codesp retornem ao trabalho às 7h de hoje. Para o diretor do Sindicato da Administração Portuária (ligado à CUT), Alberto Higino, os portuários voltam ao trabalho ``na esperança de que a Codesp cumpra a decisão da Justiça". A Codesp pode recorrer da sentença junto ao TST (Tribunal Superior do Trabalho). ``A categoria se mantém em vigília. Esperamos que a estatal Codesp, respeite a Justiça, como costuma pedir o presidente Fernando Henrique Cardoso", disse Higino. A Codesp, estatal que administra o porto de Santos (SP), deixou de arrecadar R$ 2 milhões nos dois dias em que o cais santista ficou parado, segundo informações da própria empresa. Hora extra O TRT julgou ainda que as horas extras trabalhadas no porto de Santos terão adicional de 100%. A partir de agora, a Codesp e os portuários terão um prazo de 60 dias para fechar um acordo sobre participação nos lucros Na sentença da Justiça, ficaram estabelecidos ainda 90 dias de estabilidade para os trabalhadores, desde que eles retornem ao trabalho no turno das 7h de hoje. A Codesp vai recorrer da sentença junto ao Tribunal Superior do Trabalho. A empresa já não havia acatado as propostas de conciliação feitas no TRT -uma na sexta-feira e outra ontem mesmo-, praticamente iguais ao resultado do julgamento. Além disso, é determinação clara do governo que nenhuma das estatais pode conceder aumento real aos seus trabalhadores mesmo em data-base, como é o caso dos portuários do porto de Santos. Colaborou a Reportagem Local Texto Anterior: Indústria paulista aprova decisão Próximo Texto: Categoria se reúne para discutir volta à greve Índice |
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