São Paulo, quarta-feira, 14 de junho de 1995
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CUT decide aprovar reajuste "flexível"

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretariado da CUT (Central Única dos Trabalhadores), em reunião realizada ontem, aprovou uma proposta de política salarial que prevê a ``reposição flexível", de acordo com a inflação, segundo o secretário-geral da entidade, João Vaccari Neto.
Pela proposta da CUT, se a inflação estiver em até 0,5% ao mês (ou 6,71% ao ano), a reposição salarial poderia ser mensal. Caso a inflação fique entre 0,51% e 1% ao mês (chegando até 12,68% ao ano), a reposição seria semestral.
Se a inflação chegar a níveis entre 1,1% e 2% (na pior das hipóteses, 26,28% ao ano), o reajuste salarial seria trimestral.
A CUT pede reajuste mensal no caso de a inflação ficar acima de 2%. ``Queremos uma política salarial duradoura", disse Vaccari Neto.
Desindexação
Ontem, o presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que está descartado qualquer tipo de reajuste automático para os salários mais baixos.
O líder do PSDB na Câmara, deputado José Aníbal, confirmou que a indexação só será mantida para o saláario mínimo.
A idéia do governo é que a partir de julho, quando acabam os reajustes automáticos pelo IPC-r (Índice de Preços ao Consumidor do Real), medido pelo IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os salários sejam discutidos diretamente entre os trabalhadores e os patrões, a livre negociação. Só o mínimo teria algum tipo de proteção.

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