São Paulo, quinta-feira, 15 de junho de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

'Surfistas' discutem a NBA pelo computador

MELCHIADES FILHO
ENVIADO ESPECIAL A HOUSTON

Era questão de tempo. Um sucesso internacional pelas TVs, as finais 95 da NBA viraram mania também entre aqueles que viajam pelos computadores.
O duelo entre Houston Rockets e Orlando Magic pelo título também é disputado no ciberespaço.
Para colher informações e dar sua opinião, os fãs nos EUA só precisam de um micro, um software e uma linha telefônica.
Nos últimos 12 meses, foram criados pelo menos 50 canais de debate pelo computador sobre o basquete norte-americano.
Basta ao torcedor ``informatizado" assinar uma das redes que reúnem esses canais e que formam a grande rodovia chamada Internet.
Hoje, cada um dos 29 times da NBA (2, do Canadá, estréiam na próxima temporada) já tem uma ``caixa postal" no ciberespaço.
Pelo sistema, os assinantes podem colher informações sobre os jogadores, pesquisar as estatísticas de todos os jogos, comprar ingressos ou, simplesmente, bater papo.
Um canal dos Rockets, por exemplo, chama-se Houston Chronicle Interactive e é administrado pelo principal jornal da cidade.
O serviço foi criado em 10 de maio. Desde então, uma média de 700 torcedores acessam diariamente o seu banco de dados.
O HCI tem como endereço http://www.chron.com/ e funciona na World Wide Web (rede multimídia dentro da Internet).
A torcida do Orlando Magic ``surfa" no grupo de discussão da Usenet alt.sports.basketball.nba.orlando-magic.
Os principais astros da NBA, como Michael Jordan (Chicago Bulls) e o irreverente Dennis Rodman (San Antonio Spurs), têm um canal próprio na Web.
A rede ESPN, de TV por assinatura, também está investindo no mercado do ``surfistas".
Criou o Sport Zone, que descreve os jogos cesta à cesta e traz declarações de técnicos e jogadores.
Durante estas finais, a troca de informações sobre a NBA pelo ciberespaço alcançou proporções internacionais.
O HCI montou, por um dia, um kit de cortesia no ginásio Summit, em Houston. Pelo micro, o torcedor pode jogar conversa fora com usuários do outro lado do planeta.
O basquete norte-americano é televisionado para 160 países. Não espanta, portanto, encontrar pessoas bem informadas em lugares sem tradição no basquete.
A Folha conversou, por exemplo, com adolescentes de Taiwan e Cingapura, na Ásia.
Fãs do Orlando, os dois achavam que o time da Flórida iria escapar ontem à noite da goleada -a vitória do Houston daria o título aos texanos.
Boa notícia: os endereços citados são acessíveis aos brasileiros.

LIGUE
a partir das 7h para o Folha Informações Esporte (tel. 900-0316) a fim de conhecer o resultado de Houston x Orlando e saber se o time texano é o bicampeão da NBA (a ligação custa R$ 1,17/min; só no Estado de SP

Texto Anterior: Masculino define hoje time que pega EUA
Próximo Texto: Rede se opõe a novas cores
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.