São Paulo, sábado, 17 de junho de 1995
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Argentina também utiliza sistema de cotas

SÔNIA MOSSRI
DE BUENOS AIRES

O ministro da Economia, Domingo Cavallo, instituiu em 1991 o sistema de cotas de importação de automóveis pelas montadoras. Foi o único segmento com proteção especial, que tem previsão de se estender até 1999.
Anualmente, cada montadora se compromete com a Secretaria de Indústria a executar trimestralmente determinado volume de exportação. Na mesma proporção, ela tem uma cota trimestral para importar.
Pelas cotas de importação autorizadas pelo governo, as montadoras adquirem automóveis pagando taxas mais baixas do que os impostos normais.
No caso de revendedoras independentes e pessoas físicas, a licença para importação de veículos é obtida mediante inscrição para participar de leilões promovidos pela Secretaria de Indústria, vinculada ao Ministério da Economia.
No leilão, a licença para importação é disputada. Ganha quem fizer a maior oferta de preço. A licença é válida por um ano.
Graças a este modelo protecionista e à abundância de crédito existente nos primeiros quatro anos do Plano Cavallo, a indústria automobilística pôde crescer o equivalente a 400% entre 91 e 94.
Depois da crise mexicana, agravaram-se as dificuldades da economia argentina. O resultado foi uma queda de mais de 30% na venda de automóveis no mercado interno.
Com a entrada em vigor do Mercosul (união aduaneira entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai), a Argentina previa compensar a queda das vendas exportando para o Brasil. (Sônia Mossri)

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